quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Decidi Partir E Não Olhar Para Trás...

Pelas veias percorria-me a saudade... O meu coração bombeava continuamente esta dor que, de segundo para segundo, aumentava desesperadamente. Na minha alma abria-se um buraco negro que absorvia todos os meus sentimentos e todas as minhas emoções. Uma lágrima escorreu-me pelo rosto. O vazio que sentia apoderava-se de mim, preenchendo a minha mente com recordações assombrosas.
«Fica comigo...», pediste tu com as lágrimas nos olhos.
«Não posso. Tu sabes que eu te amo e sabes que é por isso mesmo que eu vou partir...», disse.
«Então vai, vai e não olhes para trás; parte dois corações sem derramares uma única lágrima e lembra-te de todo o amor que te dei sem sentires uma ponta de saudade. Se realmente me amas, faz-me um grande favor: sê feliz... sê feliz para onde quer que vás...».
«Será impossível ser feliz sem te ter a meu lado, mas levar-te-ei comigo no meu pensamento e no meu coração. Amo-te, nunca te esqueças disso...».
«Eu também te amo.», disseste baixando a cabeça.
Dos teus olhos escorriam agora imensas lágrimas, cada uma delas de forma diferente mas todas elas eram magníficas.
Decidi partir e não olhar para trás, porque tenho a certeza de que, se o fizesse, colocaria em causa a minha decisão...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Cartas Sem Destino...

Sentado naquele sofá, dei por mim a reviver cada momento passado contigo. Em todos esses momentos havia algo que eu não tinha no presente. Esse algo eras tu...
Escrevia cartas com a esperança que, do céu, tu conseguisses lê-las. Ao fazê-lo, as minhas lágrimas iam carimbando cada palavra que escrevia.
A tua imagem não me saía do pensamento; o som da tua voz, ecoava melodiosamente pelos meus ouvidos como uma leve brisa de Verão; o cheiro do teu perfume invadia-me o olfacto fazendo com que histórias avassaladoras me atravessassem a mente.
«Com muito amor, de quem mais te ama...».
Outra carta sem destino havia sido escrita. Iria arrumá-la na gaveta, junto das outras, para que, no dia em que acordar e não me lembrar de ti, relê-las e poder reviver cada momento junto de ti...

domingo, 1 de janeiro de 2012

Perdi As Forças E A Esperança...

Caminhava descalço pela superfície húmida daquela floresta... As minhas forças, esvaíam-se tão rápido como a minha esperança. A possibilidade de te encontrar tornava-se ínfima. Parei e fechei os olhos. Procurava algo que me alimentasse, procurava o som da tua voz, procurava o cheiro do teu perfume. Procurava acima de tudo, o teu toque. A suavidade da tua pele, o calor do teu beijo e a ternura do teu abraço.
O meu coração estava mergulhado numa profunda dor que abundava de saudade.
«Fica comigo!», disse para os céus. As nuvens estavam cinzentas, prontas para chover. Mas mais rápidos foram os meus olhos que derramaram as mais sinceras lágrimas de amor.
Por fim, as forças esvaíram-se por completo e rendi-me ao poder que a dor da saudade exercia em mim. Fechei novamente os olhos, com a última esperança de que tudo não passasse de uma ilusão. Tentei abri-los mas parecia que a morte se tinha apoderado da minha alma. Eu estava morto. Poderia olhar por ti sempre que quisesse, e é certo que o iria fazer todos os segundos. Não precisas de ter medo de morrer meu amor, é mais rápido que adormecer...