domingo, 5 de fevereiro de 2012

Tu Nunca Te Foste Embora...

Do cimo daquele monte observava a linha do horizonte... Dali conseguia ver toda a extensa floresta. Nada tinha a mesma beleza que costumava ter quando ainda estavas comigo. As pétalas das flores e as folhas das árvores rendiam-se à gélida brisa que por ali passava; os pássaros já não cantavam e o sol já não brilhava. Todo o céu estava coberto por nuvens negras que ameaçavam explodir a qualquer hora. Uma lágrima escorre-me pelo rosto, relembrando-me de como adoravas aquela floresta.
Pelos campos da saudade, o meu coração batia cada vez mais devagar... Aguardava agora de joelhos que a morte se abatesse sobre mim. Entretanto, começou a chover...
«Tu vieste, aliás, tu nunca te foste embora...». Era tarde demais... As minhas forças e a minha esperança esvaíram-se do meu corpo dando lugar à mágoa e à saudade. Por fim, caí no chão já sem vida... Quando acordei, vi-te a olhar para mim, com o mesmo olhar doce e calmo de sempre...
«Não amor, eu nunca te deixei... Estive contigo em cada lágrima que derramaste...».
«Desculpa, não aguentei viver longe daquilo que me fazia sentir vivo, daquilo que me fazia feliz...».
«Não tem problema, a partir de agora, serás só tu e eu...».
«Prometes?».
«Prometo».

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