quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A História Das Nossas Vidas...

Para escrever a história da minha vida, teria automaticamente que escrever a da tua... Ambos nascemos no dia em que nos conhecemos e ambos morreremos a partir do momento em que não estejamos um com o outro. Para escrever a história das nossas vidas, necessitaria de uma imensidão de folhas, pois não foram poucos os "Amo-te", não foram poucos os momentos em que te protegi, em que te abracei e beijei. Não foram poucas as vezes que chorámos, sentindo a dor, que a ausência um do outro nos causava. Mas mesmo assim, consigo perceber que durante a nossa história, existiram e haverão de existir inúmeras vírgulas, mas jamais um ponto final. Consigo perceber que se te perder uma vez, nunca mais te terei de novo, nunca mais encontrarei alguém, alguém que fosse a minha vida e ao mesmo tempo a razão de viver. Estejas onde estiveres agora,  quero que saibas que ainda temos muitas páginas em branco, que gritam silenciosamente para serem escritas... Cabe-te a ti preenche-las... Cabe-nos a nós não deixar que ela acabe...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Tarde Demais...

Desde a tua partida, nunca mais chovera. Desde que te foste embora que a noite não vem até mim, que todas as flores, deixaram de florir. Desde a tua partida que o meu coração já não bate como batia. As nuvens cobriam o céu, ocultando assim, o brilho do sol da meia-noite. Todo aquele lugar estava escuro e negro, sem qualquer sinal de vida. Tudo o que era cor, fora levado por ti, juntamente com a minha alma.
E todos os dias eu ia para aquela falésia, aguardar o teu regresso. Dias e dias a fio, sem que visse qualquer detalhe do teu rosto. As esperanças desvaneciam-se com o passar dos dias. A minha vida já há muito tempo que não fazia sentido, todas aquelas razões tornavam a ideia cada vez mais fixa. Observei a enorme falésia, que me aliciava cada vez mais a tomá-la. Andei em frente, com a ideia de que jamais hesitaria, jurando a mim mesmo não voltar atrás. À medida que ia avançando, uma voz chamou o meu nome. Os meus olhos encheram-se de lágrimas e os meus músculos petrificaram. Virei-me devagar, na dúvida de que tudo não seria uma ilusão. E lá estavas tu... Cada pormenor do teu inocente rosto permanecia exactamente igual depois daqueles anos todos. Tinhas vindo para tirar de mim, a única coisa que ainda não tinhas: a esperança e a minha vida.
«Espera, não faças isso!», gritaste.
Amei-te uma vez, não podia cometer o erro de te amar outra vez. Dei um passo para trás e deixei que a morte me levasse. Enquanto caía, as nuvens desapareceram e o sol, mostrou novamente os seus raios ao mundo. As flores, floriram como nunca antes o tinham feito. O meu coração, voltou a bater tão rápido como antes.
«Tarde demais...».

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O Amor Não Tem Limites...

O mar bramia fortemente, ecoando no meu pensamento. Caminhava pela beira-mar, sentindo a areia fria sob os pés molhados. Pensava em ti enquanto o mar batia  nas rochas. Lembrava-me do teu sorriso, do teu olhar inocente e profundo, do teu perfume e do teu toque mágico de fazer as coisas. Lembrava-me de todo o amor que oferecíamos um ao outro, na esperança de receber cada vez mais do mesmo. A brisa soprava ao de leve fazendo com que o meu cabelo levantasse suavemente. Nunca cheguei a cumprir a minha promessa nem tu a tua. Não tínhamos ficado juntos para sempre, mas tínhamos vivido o suficiente para saber que o amor não tem limites. Cada segundo passado ao teu lado, aumentava a dependência que tinha de ti. Na realidade, o amor não passa de uma droga que, por muito alucinante que seja, nos vai matando aos poucos, causando-nos ilusões de estabilidade e conforto. E para este tipo de droga, só existem duas curas: uma á a morte, a outra, és tu...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O Sonho...

Escrevia-te cartas mesmo sabendo que nunca as irias ler.
Escrevia-as com todo o amor que guardava dentro de mim... Escrevia-as contigo no meu pensamento... Escrevia-as com lágrimas nos olhos, sabendo que jamais te voltaria a ver. Poderia dizer-te que iria ter contigo, mas a mentira seria tão grande quanto a dor que sentia. Mesmo morrendo sabia que nunca te iria encontrar novamente, um amor destes, só existe uma vez. Uma única vez. O pensamento de te ter novamente junto a mim, fazia com que o meu coração falhasse uma batida. Na verdade, ele batia porque simplesmente tinha que bater. Batia sem qualquer razão para bater... Todo ele estava preenchido pela escuridão e saudade. Tudo o que poderia fazer era dormir. Dormir à espera de um sonho em que visse novamente o teu rosto, perto do meu, ouvindo a tua respiração ofegante e o bater dos nossos corações, desta vez, batendo um pelo outro... E nesse sonho, a minha esperança, não seria ter-te novamente nos meus braços, mas sim, nunca mais acordar...