domingo, 26 de fevereiro de 2012

O Meu Coração...

Sobre os longos prados da dor, o meu coração bombeava saudade. Saudade de viver, saudade de sentir, saudades de chorar e de sorrir. O meu coração sentia saudades de amar.
Não deixando cicatrizar as feridas, a minha mente relembrava cada momento passado.
Tempos de amor, de felicidade.
A cada dia que passa a saudade aumenta e o meu coração vai batendo cada vez mais devagar.
Mas nem tudo é mau... Ainda oiço a tua voz. É ela que me garante que estás à minha espera onde quer que estejas e que estás comigo para onde quer que eu vá.
Entre nós, ainda há amor, mas o meu coração ainda sente saudades. Sente saudades tuas. Sente saudades de bater aceleradamente, de se sentir vulnerável, de sentir o teu coração a chamar por si...
Ele sente saudades disso tudo, sente e continuará a sentir.
Por ele, passarão ventos, mas dele nunca arrancarão a memória e a saudade daquilo que, em tempos, lhe deu vida...

sábado, 18 de fevereiro de 2012

O Teu Lugar É Comigo...

Será a dor assim tão relativa? Tratar-se-á de algo cuja mente possa controlar?
Se realmente é, a minha não tem a capacidade de o fazer.
Desde que partiste que a tua ausência me provoca um enorme e constante vazio que me corre pelas veias, atingindo-me no coração. A cor esvaiu-se do meu mundo tão rápido como a chuva cai do céu. Vejo-te em sonhos, tão bela como quando te vi pela última vez. O teu cabelo loiro brilha sob a luz do Sol e da Lua; os teus olhos azuis transmitem amor e inocência e a tua pele, branca como a areia dos grandes desertos, é pura e límpida.
Cada vez que me lembrava do teu rosto era impossível não derramar uma única lágrima. Chorava para que, com toda a dor que sinto, os Céus me devolvessem aquilo que para mim, era a vida. O teu lugar é comigo, eu tenho que tomar conta de ti.
Tomando a consciência do absurdo que tinha pensado, floresceu nos meus lábios um sorriso bastante irónico. Era impossível isso acontecer...

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Tu Nunca Te Foste Embora...

Do cimo daquele monte observava a linha do horizonte... Dali conseguia ver toda a extensa floresta. Nada tinha a mesma beleza que costumava ter quando ainda estavas comigo. As pétalas das flores e as folhas das árvores rendiam-se à gélida brisa que por ali passava; os pássaros já não cantavam e o sol já não brilhava. Todo o céu estava coberto por nuvens negras que ameaçavam explodir a qualquer hora. Uma lágrima escorre-me pelo rosto, relembrando-me de como adoravas aquela floresta.
Pelos campos da saudade, o meu coração batia cada vez mais devagar... Aguardava agora de joelhos que a morte se abatesse sobre mim. Entretanto, começou a chover...
«Tu vieste, aliás, tu nunca te foste embora...». Era tarde demais... As minhas forças e a minha esperança esvaíram-se do meu corpo dando lugar à mágoa e à saudade. Por fim, caí no chão já sem vida... Quando acordei, vi-te a olhar para mim, com o mesmo olhar doce e calmo de sempre...
«Não amor, eu nunca te deixei... Estive contigo em cada lágrima que derramaste...».
«Desculpa, não aguentei viver longe daquilo que me fazia sentir vivo, daquilo que me fazia feliz...».
«Não tem problema, a partir de agora, serás só tu e eu...».
«Prometes?».
«Prometo».