segunda-feira, 30 de julho de 2012

Eu Vou Encontrar-te...

A luz da Lua incidia sobre o mar, a areia estava fria e não havia ninguém de mim naquela praia.
Uma leve brisa passava-me pelo rosto. Decidi deitar-me e observar as estrelas. Era magnificamente perfeito a intensidade do seu brilho. Era um jogo de luzes mágico e cativante que cintilava à medida que o meu coração ia batendo. Faziam-me viajar ao passado. Todas as alegrias, todas as tristezas eram revividas numa simples contemplação das estrelas.
Pelo meu rosto passeavam agora lágrimas. A tua imagem incidira na minha mente e quando isso acontecia, era inevitável tentar não derramar uma lágrima.
Limpei o rosto e pus-me de pé.
«Eu vou encontrar-te!», gritei com a esperança de que me pudesses ouvir.
De seguida, debrucei-me de joelhos sobre a areia e já sem força para as conter, explodi em lágrimas...
«Eu vou encontrar-te, prometo...», disse-o sussurando.

domingo, 22 de julho de 2012

Dormência

Os candeeiros da rua piscavam de tão fracas que estavam as suas luzes.
O meu coração batia lentamente; parecia que já não tinha força para bater. Acendi um cigarro e no maço li "Fumar Mata". Na realidade, eu já estava morto. Levaste contigo todas as minhas forças. Levaste contigo a vontade que tinha de sorrir, de chorar, de viver; levaste contigo a minha alma e com ela, todo o amor que sentia.
Agora, vou vivendo com as memórias e recordações do passado, que invade o meu pensamento a cada segundo que passa.
As pessoas passavam e tremiam com o frio. Há muito tempo que deixara de sentir o que quer que fosse. O meu corpo e a minha alma entraram em plena dormência. Perdi a fé, perdi a esperança, perdi tudo o que me fazia querer viver... Já faz algum tempo em que podia dizer que era feliz...