quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ao Luar...

Lembro-me daquela noite como se tivesse sido ontem. Estávamos deitados num extenso prado, longe tudo e de todos. Era um momento como há muito não tinhamos. Estava uma noite calma, de lua cheia, onde a brisa soprava fazendo soar mil e uma canções. Sorriste para mim de uma forma carinhosa, até mesmo sincera. Não tinha reparado como os teus olhos brilhavam... Que maneira tão estranha e encantadora de brilhar. Era incrivel o poder que a lua exercia em ti, nunca tinha visto um olhar tão belo ao longo da minha vida. Olhaste para mim uma segunda vês e percebi que tinhas alguma coisa muito séria para me dizer. Caiu-te uma lágrima do rosto. Perguntei-te o que me querias dizer, queria tirar toda a angústia que existia dentro de ti. Olhaste para mim, uma terceira vez, já com várias lágrimas a cairem E disseste-me que aquela seria a nossa última noite. Não podia acreditar no que estava a ouvir... Sem mais tempo a perder, perguntei-te o porquê dessa decisão. Disseste-me que te ias embora e que nunca mais voltavas. O meu mundo parecia desabar em chamas que me consumiam o coração. Aquilo não podia estar a acontecer. Sim, aquilo era um adeus, um adeus eterno. Não pude de deixar de te abraçar. Beijámo-nos uma última vez e disseste-me que estava na hora. Quando te preparavas para me deixar, prometi-te que um dia iria ter contigo, por muito longe que estivesses. Sem ti visitei aquele prado todas as noites, com a esperança de um dia voltares ao sítio onde me tinhas deixado. Aquele prado sem ti, não era a mesma coisa, sem ti, nada era a mesma coisa.

Sem comentários:

Enviar um comentário