domingo, 4 de setembro de 2011

A Tua Alma...

Observava a tua alma através dos teus olhos. Neles, estava espelhado a dor e a saudade sentidas até então. Neles, ardia um fogo intenso sobre um gelo petrificante que consumia a cada segundo que passava um pedaço da tua vida. O amor tem a durabilidade de um arco-íris, é belo enquanto existe, e igualmente provável que desapareça num abrir e fechar de olhos...
«Este adeus, será um adeus eterno. Talvez nos encontremos na próxima vida...».
«É isto mesmo que queres?».
«Não, é isto mesmo que tem que ser...».
«Então... Explica-me apenas porquê...».
«A razão para tudo isto é a mais simples de todas: porque te amo.».
«Se me amasses ficavas comigo, morrias comigo...».
«Às vezes o amor e o ódio são sentimentos muito semelhantes e fáceis de confundir.».
O brilho da lua reflectia-se agora nos teus olhos. As lágrimas começavam a cair, trazendo esse brilho com elas.
«Está na hora não é?».
«Sim, está na hora...».
Agarrei no meu casaco e dirigi-me à porta.
«Espera...».
O meu corpo ficou gélido.
«Guarda isto...»
O fio de prata que me deste era lindo. Beijei-te, sabendo que aquela, seria a última vez que o faria.
«Sempre que olhares para esse fio, lembra-te dos meus olhos. Vais ver que neles, só verá lágrimas jorradas por ti. E será só neles que encontrarás o verdadeiro significado do amor...»
Desta vez, dirigi-me para a porta sem olhar uma única vez para trás. A minha alma e o meu coração tinham ficado naquela casa, contigo.

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