domingo, 25 de dezembro de 2011

Pelo Extenso Oceano...

Navegávamos no nosso pequeno barco pelo extenso oceano. As marés estavam calmas e o sol brilhava magnificamente, rflectindo o brilho do teu cabelo e dos teus olhos...
«Não existe sítio neste mundo onde eu preferisse estar...» - a minha voz transmitia segurança mas o sorriso não apareceu nos teus lábios.
«Passa-se alguma coisa meu amor?» - inquiri.
«Só tenho medo de te perder... Comparado com esse medo, acho que não há nada de que tenha receio...».
Inclinei-me ligeiramente para a frente e olhei-te nos olhos. Ao fazê-lo, perdi-me no imenso azul que eles possuíam, e as palavras começaram a escassear. Por fim, disse:
«Minha princesa, o único dia em que, aparentemente, me vais perder, será o dia da minha morte. Digo aparentemente porque mesmo estando do outro lado, estarei sempre contigo. Proteger-te-ei dos perigos do mundo e cuidarei de ti como tenciono fazer em vida. A única coisa que não será igual é o facto de não me poderes ver e tocar. Mas para compensar essa dor, poder-me-ás sentir...».
«Amar-me-ás para sempre?» - a tua voz tremia e consegui sentir que as lágrimas estavam para vir...
«Para sempre? Não. Para sempre é um espaço muito curto para o tempo que te vou amar. Amar-te-ei eternamente, visto que o sempre pode ser já amanhã. Tenho a certeza que nos encontraremos numa outra vida e em outras mil que viveremos. O nosso amor é demasiado forte e especial para ser vivido numa só vida. Mas estejas onde estiveres, eu vou procurar-te. Quer passe um ano, uma década, um século ou mesmo um milénio...».
Encostaste a cabeça ao meu peito e os teus olhos explodiram em lágrimas. Decidi envolver-te com os braços.
Sorriste.

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