quarta-feira, 30 de março de 2011

A Rapariga Que Saltou Por Amor...

Tinha adormecido com o barulho da chuva a bater na janela do meu quarto. Cada vez que a ouvia, lembrava-me de meras recordações, que apesar de antigas, jamais foram esquecidas. O teu cheiro, a tua voz, o teu toque... Todas essas coisas tornavam-se impossiveis de esquecer. A chuva continuava a bater violentamente contra o parapeito da minha janela... Os meus sonhos tornavam-se agora obscuros e imperceptiveis, a única coisa que conseguia ver era um salto... O meu coração tinha acabado de falhar uma batida quando percebi que eras tu quem estava a saltar. E foi então que o telemóvel tocou. Eras tu, tinhas-me ligado a dizer que separados não conseguias viver mais... A ultima palavra que ouvi foi um «Amo-te», antes da chamada cair. Quando acabaste de proferir essas tais palavras, o télemóvel caiu-me da mão. A incredulidade e o desespero tomavam conta de mim. Agora era eu que não conseguia viver sem ti, era eu que precisava que alguém como tu me segurasse a este mundo cruel. Mas esse alguém acabara agora mesmo de partir. Estava só...
No dia seguinte, todos os jornais traziam na capa a rapariga que saltou por amor.

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