quarta-feira, 18 de abril de 2012

As Estrelas...

No extenso prado que cobria grande parte daquela floresta, observava a chuva de estrelas.
Estrelas ardentes passeavam no Universo gelado, dando fogo e luz ao mesmo. Mas ainda mais longe de mim do que as estrelas estavam, estavas tu. A dor da distância fazia-me perder a força e a vontade de viver. A minha esperança esgotara-se e no meu mundo, as únicas coisas que residiam, era o preto e o branco. Não havia cor em lado algum, excepto nas estrelas. As estrelas dançavam alegremente pelo céu...
Talvez fosses tu que estivesses a olhar por mim dali de cima... O teu rosto veio-me à memória e o meu coração falhou uma batida. A minha respiração começou a ficar mais lenta e a saudade que habitava no meu coração começou a espalhar-se pelas minhas veias como um veneno. Lutava constantemente para me agarrar à vida, mas já não tinha forças. Decidi entregar-me à morte para ver até onde esta me levava. Fechei os olhos e sofri em silêncio. Pouco tempo depois, o meu coração acalmara, o veneno desaparecera e a minha respiração voltara ao normal. Quando abri os olhos vi-te e abracei-te em sobressalto. Sentia-me vivo novamente mas sabia que aquilo, era a morte.
«Onde estamos amor?», perguntei mesmo já sabendo a resposta.
«Nas estrelas! Ali, era onde tu estavas deitado. Eu andei sempre contigo!», disse emocionada.
«Agora é para sempre?».
«Não, até o sempre um dia terá fim...»

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