sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Sentimento Inesperado...

Há anos que tinhas partido... Há imenso tempo que não sentia o teu toque, que não cheirava o teu perfume, que não ouvia a tua voz ou os teus pensamentos. Há imenso tempo que não sentia a tua presença nem o teu amor. Na verdade, a única coisa que podia fazer era ver-te. Via-te nos meus sonhos, não sei se era de forma inconsciente ou não, mas todas as noites tu aparecias para me contemplar com toda a tua beleza. Eu não dormia para descansar, porque disso eu já não precisava. Eu dormia apenas para sonhar contigo, para te ver. Sempre que adormecia, ia para aquele sítio... E lá estavas tu, naquele banco, à minha espera. Nunca te ouvia, mas sempre que estavas feliz ou triste, eu sabia-o. Mostravas mo através de sorrisos ou de lágrimas.
Mas naquela noite, as coisas foram diferentes. Disse-te o mesmo que te dizia todas as noites:
«Não te vás embora, não sem mo dizeres primeiro...»
E foi aí que a chama que se extinguia no interior dos nossos corpos se reacendeu com um tamanho sentimento inesperado.
«Não, eu não me vou embora, se fosse, levar-te-ia comigo. Sabes que te amo acima de tudo...»
Nesse preciso instante, beijámo-nos e consegui finalmente sentir o teu toque, ouvir a tua voz e cheirar o teu doce perfume...

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