sexta-feira, 1 de julho de 2011

Lembra-te Da Chuva...

Olhava pela janela do meu quarto, vendo a esplêndida mistura de luzes que a grandiosa cidade me proporcionava. Segurava um copo de whisky enchido apenas até meio e pensava naquilo que para mim, desde sempre, fora inevitável.
Onde estarias tu? Procurava-te há imenso tempo, mesmo sabendo que haviam hipóteses de te encontrar sem vida. Dei um gole.
Este queimou-me a garganta.
De seguida, olhei para as nuvens na esperança que elas me dessem uma resposta... Mas nada.
Na minha mente, a única imagem que via, era a do teu rosto. As saudades e o desespero de talvez nunca mais te ver destruíam-me a alma.
«Nunca te esqueças, que por muito longe que esteja, estarei sempre a teu lado... A chuva... Lembra-te da chuva...» - Lembrava-me agora das ultimas palavras que proferiste...
«E onde é que estás agora?! Onde é que estás quando eu mais preciso de ti?!» - Num acto de tamanha inconsciência atirei o copo contra a parede, voltando-me de costas para a janela.
Voltei-me novamente na tentativa de encontrar uma resposta nas nuvens. E começou a chover. Agarrei no meu casaco e saí. Ia ter contigo, quer estivesses longe ou perto, a chuva dar-me-ia todas as respostas que precisava.
Na rua, já com o peso da chuva sobre o corpo, sorri:
«Obrigado!».

4 comentários:

  1. obrigado bruninho, és sempre tão querido !

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  2. Quando sentimos que é tempo de agir, devemos seguir em frente e não olhar para trás pois podemos ter à nossa espera algo pelo qual já aguardávamos há algum tempo. ;)
    Adorei ^^

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