quarta-feira, 20 de julho de 2011

O Precipício...

O silêncio tomava conta de toda a floresta. Tinha percorrido todo o mundo à tua procura, aquele era o ultimo lugar onde o tinha que fazer. As lágrimas começaram a escorrer-me pelo rosto, não havia qualquer sinal de ti... Ouvia os teus pensamentos cada vez mais perto à medida que ia andando.
«Continua, estás quase a consegui-lo! Eu estou mesmo aqui amor!».
«Onde? Tudo o que eu vejo é escuridão...»
Continuei a andar até que cheguei a um precipício.
Observei o meio que me envolvia num sentimento de tristeza e dor. O céu estava negro, com imenso nevoeiro. Olhei para baixo, tentando ver o fim daquele precipício. Parecia infindável, tal como, o desespero que sentia. Estava virado para o precipício a pensar o quanto gostava de ti. Até então não tinha encontrado palavras para descrevê-lo.
« Não desistas. Estás mais perto que nunca, eu estou aqui!»
Olhei à minha volta mas não estavas em sítio algum. Virei-me novamente para o precipício tentando ver para além do nevoeiro. Nada...
«Eu... Não te encontro! Por favor diz-me onde estás, diz-me o que tenho que fazer para te encontrar novamente!».
«Só tens que dar um passo em frente meu amor...».
Quando tomei a realidade daquelas palavras, as lágrimas caíram-me novamente. Estavas morta.
«Aguenta, aguenta só mais um bocadinho amor...».
Dei um passo em frente e deixei que o infindável precipício tomasse a minha alma...

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