quinta-feira, 21 de julho de 2011

Promete-me...

«Promete-me que quando eu morrer, não vais jorrar uma única lágrima.»
«Mas isso é impossível... Sabes que a saudade sempre foi inimiga do amor.»
«Não... A principal inimiga do amor é a indiferença. A saudade é a prova que o amor é realmente verdadeiro.»
Estávamos deitados na nossa casa de campo e pensávamos em todos os momentos já vividos. Eram momentos carregados de sentimentos intensos, sentimentos esses que jamais serão esquecidos, memórias passadas que permanecerão nas nossas mentes até ao fim das nossas vidas. Morreríamos com o mesmo amor do primeiro dia em que nos vimos.
Passava os meus dedos pelo teu cabelo loiro. Era suave e brilhante.
«Quando morreres, quem é que me vai fazer aquilo que tu estás a fazer? Quem é que me vai sussurrar ao ouvido a palavra amo-te, quem é que me vai ouvir como tu ouves, quem é que me irá proteger de todos os perigos do mundo? Quem é que vai tomar conta de mim?»
«Se o céu me permitir, tomarei conta de ti o resto da minha eternidade, até que venhas ter comigo.»
«Não, eu não quero viver sem ti, eu não sei viver sem ti e também não quero aprender. Eu amo-te tanto que a palavra não deveria chamar-se amor.»
Uma lágrima escorreu-me pelo rosto. Não tinha arranjado argumentos para contrapor o que disseste.
«Claro, levar-te-ei comigo para onde quer que vá...»
«Prometes?»
«Prometo.»

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